24 fevereiro 2013

O fecundo silêncio da paixão

Como uma luz que se esparge conferindo claridade própria, o silêncio da paixão de Jesus é um eco lancinante que alcança o mais íntimo da consciência humana. É um eco sonoro na contramão de tanto barulho e de tanta necessidade vazia de pronunciar palavras, de contar coisas que empurram as mentes para o pensamento e a fala a respeito de tudo, sobre todas as coisas, até mesmo sobre o que não é da própria conta. Há um silêncio, só ele, por isso precioso, e muitas vezes doloroso, que recupera o sentido verdadeiro da vida. Faz compreender o mistério e capacita para a contemplação do mistério do amor que liberta, devolve a esperança e constitui, com propriedade, a dignidade maior: ser filho e filha de Deus. Daí decorre o compromisso determinante da fraternidade e o empenho pela configuração do tecido vital da solidariedade que cura feridas, recompõe cenários e salva vidas.
Uma das cenas mais excitantes da narração do evangelista Lucas é sobre a paixão, morte e ressurreição de Jesus, no capítulo 23 do seu Evangelho: “Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo que desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava ver algum milagre feito por ele. Interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu”. O diálogo com Deus se interrompe com os exageros insuportáveis de arbitrariedades. Não dialoga com Deus quem se encapa em perversidades de todo tipo. Há um silêncio que ecoa lancinante. Não é o silêncio de Deus. Impossível pensar uma indiferença por parte Dele. É a pedagogia divina convocando a uma escuta mais profunda. Quando o mistério é grande demais, a atitude mais justa é silenciar. O silêncio é uma indispensável escuta que escancara portas para um diálogo fecundo. Capacita para ouvir a dor dos outros, corrige superficialidades que dão passagem para absurdos no tratamento da vida, incapacitando a compreensão de toda a sua importância e grandeza de dom.
Na contramão dessa direção desfilam os horrores da miséria que assola porção significativa da humanidade; a violência que seduz o coração de jovens, criando o gosto nefasto pelos extermínios que enlutam famílias, sociedades e nações. Multiplicam-se os descasos e decresce na consciência moral cidadã a preocupação comprometida com a verdade, que levam muitos a sustentarem mentiras como se fossem verdades. A procederem mal e inadequadamente, e ainda se achar no direito de convencer os outros de que tudo é normal, é comum. Há, pois, um resgate que reclama urgência, revelada na incapacidade de produzir legislações que recomponham educativamente a civilidade e sua configuração ética. É uma urgência que só mais tarde torna público que suas escolhas foram equivocadas, elegendo respeitos que deflagraram os absurdos do armamento; a vitória de uma pergunta capciosa, com o intuito de colidir com os horizontes iluminados pelos valores do Evangelho que, por preconceito e estreitamento, são tachados como razão de obscurantismo das instituições que se confessam fiéis a eles.
O silêncio da paixão de Cristo é escutado e tem ecos nos corações quando se ouve a narração do evangelista João (capítulos 18 e 19), como se faz na tarde da Sexta-feira Santa em todas as igrejas e capelas do mundo inteiro. É um exercício que, feito atentamente, faz reconhecer - pela escuta em assembleia, ou mesmo em meditação familiar ou individual - que esse silêncio é um caminho fecundo para se alcançar o coração do mistério do amor que redime. Que dá a lucidez precisa, com força insubstituível para enfrentar o sofrimento humano. Para suportar a dor que machuca e manter fumegante a chama da esperança pela vitória definitiva da vida sobre a morte, com a ressurreição do Salvador do mundo.
Não há outro horizonte que recorda como é amplo o sofrimento de homens e mulheres, bem como a sua complexidade, maior do que a doença, uma realidade enraizada em todos. É doloroso o sofrimento físico, assim como o é o sofrimento moral. Há muita dor do corpo. Não menos dolorosa é a dor da alma. Porém, há um remédio inexorável que se deve buscar para curar essas dores. Sua cura não perpetua as circunstâncias do tempo. Tudo passa! O silêncio da paixão é repleto da agonia de Jesus no Getsêmani, da agonia da traição anunciada na última ceia, da dor que vem do escárnio e da indiferença, da iniquidade de julgamentos preconceituosos e desonestos. Tudo terminou quando, então, Jesus deu um forte grito e expirou. Não é o fim. É o começo de um novo tempo. Do tempo definitivo, com sua morte e ressurreição. É hora de se debruçar, com esperança, sobre a própria dor e sobre as dores da humanidade. Este é o tempo propício para o remédio do silêncio da paixão.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

17 fevereiro 2013

Excepcionalmente não haverá ensaio no sábado, 23/02/2013

Gente linda.
Reforçando o recado que foi dado no final do ensaio deste domingo, 17/02, devido vários eventos que acontecerão no próximo sábado, como por exemplo, o Bota Fé da Jornada Mundial da Juventude e outro que muitos dos integrantes da equipe de ensaio estarão participando, foi decidido cancelar o ensaio do sábado 23/02/2013, 16 horas.
Avise todos que você lembrar.
Mas, no domingo, 24/02, 15 horas, na Rua da Cidadania do Bairro Novo, todo mundo a postos, com as mangas arregaçadas e alegria no coração para ensaiar.

Beleza pessoal!
Paz e bem.
Coordenação

Primeio dia de ensaios começou bem animado e com várias pessoas novas

Neste dia 16/02/2013, sábado, 16 horas, na Rua da Cidadania do Bairro Novo, tiveram início os ensaios para a encenação do Teatro da Paixão de Cristo do Bairro, edição 2013.
A presença foi grande e tivemos a felicidade de ver inúmeras caras novas que também estão se engajando neste nosso projeto de Evangelização Através da Arte.
De agora em diante, todos os finais de semana, sábados às 16 horas e nos domingos as 15 horas, estaremos ensaindo.
Ainda temos algumas vagas de personagens. Venha e participe.
Caso você conheça alguma empresa que gostaria de patrocinar este maravilhoso evento, é só entrar em contato com nosso e-mail: contato.artevida@gmail.com, ou (41) 8403-2515.
Paz e bem.

10 fevereiro 2013

ENSAIOS 2013 - INÍCIO 16 FEVEREIRO

Gente boa!

Os ensaios para a encenação do Teatro da Paixão de Cristo deste ano terão início no sábado, dia 16/02/2013, a partir das 16:00 horas, na Rua da Cidadania do Bairro Novo.

Mas alertamos que se houver algum imprevisto e ainda não estiver liberado o uso da Rua da Cidadania para os ensaios, é só se dirigir até a matriz da Paróquia Profeta Elias onde estaremos lhe esperando.

Caso você não tenha feito inscrição para atuar com algum personagem e tem vontade de participar deste maravilhoso evento que acontece há 14 anos em nosso querido Bairro Novo, não se preocupe. Temos espaço para todos, seja para atuar seja para ajudar em alguma das nossas equipes de trabalho.

Te aguardamos de braços abertos.

Paz e bem!